ENGENHARIA ECONOMICA E DESENVOLVIMENTO - ENGENHARIA, ECONOMIA E ENGENHARIA ECONÔMICA


Na História Humana o "fator limitativo" tem sido predominantemente material. O seu principal problema ainda é o Desenvolvimento Econômico, isto é, a superação desse fator limitativo", cem o que o Homem poderá entrar numa nova fase de sua evolução. Nessa luta, a Engenharia procura uma solução, tentando controlar e dirigir as fôrças físicas e materiais da Natureza em benefício do Homem; a economia estudando os aspectos sociais de produção e distribuição.

 Temos, portanto, a Engenharia procurando a eficiência tecnológica e a Economia procurando a eficiência econômica. Da integração dessas duas ciências temos a Engenharia Econômica que procura harmonizar a eficiência tecnológica com a eficiência econômica. Em outros termos, a Engenharia Econômica procura subordinar a técnica de produção, desenvolvida pela Engenharia, aos fins da atividade econômica do Homem.

 Leva, assim, em consideração a maneira de satisfazer as necessidades humanas e o seu custo em satisfazê-las. De fato, em qualquer estudo de um projeto particular de Engenharia, surge mais de uma alternativa tecnicamente viável.

 Uma análise econômica tornar-se-á necessária para avaliar e determinar qual das métodos alternativos de execução é o mais desejável. Segundo THUESEN, as funções da Engenharia Econômica resumem-se em:


  •  Determinar o objetivo.
  •  Determinar os fatores e meios estratégicos.
  •  Avaliar as alternativas de engenharia.
  •  Interpretar o significado econômico dos projetos de engenharia. 
  •  Assistir no processo decisório.


 Todas essas funções podem ser resumidas como "o estudo da rentabilidade comparada de alternativas"." Realmente, o tema central da Engenharia Econômica se resume em avaliar quantitativamente as alternativas da Engenharia em termos de rentabilidade e custo econômico. 

Temo as rendas e os custos de um investimento se desenvolvem em formas físicas e em períodos diversos, para' efeito de comparação e avaliação econômica, temos que tornar homogêneos esses fluxos de rendas e custos. Para isso, a Engenharia Econômica emprega a unidade monetária e os juros. 

GRANT assim se manifesta a respeito: 


  •  Os projetos devem ser avaliados com base em seus fluxos monetários.
  •  Tais fluxos devem ser descontados de maneira a atribuir-se um valor maior à produção obtida no princípio da vida do projeto, de que a obtida em etapas posteriores, e as despesas que se efetuarem mais cedo na vida do projeto devem ser consideradas menos desejáveis do que as posteriores.
  •  A avaliação de um projeto deve ser feita em termos da melhor alternativa, e não em termos absolutos.


  Os projetos devem ser formulados através do cotejo de diversas alternativas, até que tenham sido esgotadas todas as alternativas promissoras imagináveis. Não será demais exagerar-se a importância dessa orientação.

 De posse desses conceitos, a Engenharia Econômica desenvolveu diversos métodos, sendo os mais usados, segundo o Prof. MACHLINE, o método de depreciação linear e juros simples, o método do custo anual e o método do valor atual.

Método do Custo Anual


 Os custos totais de um investimento são constituídos por um desembolso inicial e por uma série de desembolsos que fazemos anualmente durante toda a vida útil do investimento.

 Neste método, transformamos o investimento inicial em parcelas anuais iguais, obtendo-se assim o seu custo anual, dado o número de anos de vida útil do investimento e, a taxa de rentabilidade desejada.

Método de Depreciação Linear e Juros Simples


 Neste método, o custo anual do investimento é calculado em termos de depreciação linear, isto é, dividindo-se simplesmente o investimento pelo número de anos de sua vida útil.

 O valor remanescente do investimento decresce, portanto, linearmente de ano a ano. Os juros sobre o investimento, ou seja, a taxa de retorno desejada é calculada sobre esses valores remanescentes do investimento.

 Assim, as parcelas anuais são desiguais, pois vão decrescendo em progressão aritmética. 


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